terça-feira, janeiro 31, 2006

Os pratos da balança

Ontem a altas hora da noite, estando eu numa daquelas noites de insónia, pus-me a fazer um zapping e deparei com um programa chamado Glamour. Para além de ser mais um daqueles programas que fazem mais do mesmo, reparei numa coisa. Durante o programa quase todo houve um constante aparecer das mesmas pessoas, embora em actividades diferentes.
Para dar como exemplo: Sónia Araújo (apresentadora) anuncia a estreia da série o Triângulo Jota. Entre outros entrevistados surge Sónia Araújo (Actriz) - ambas a mesma pessoa!
Mais à frente outra reportagem onde entrevistam Merche Romero numa sessão de fotos para a Modalfa. Na reportagem imediatamente a seguir, os bastidores de Portugal no Coração onde um dos apresentadores é nem mais nem menos, Merche Romero.

Já não é a primeira vez que vejo isto acontecer na nossa TV. Mas é um fenómeno que começa a ser cada vez mais frequente. Daqui a nada temos apresentadores a entrevistarem-se a eles próprios... na televisão do estado.

Com tanta gente talentosa, na área de comunicação social, têm que ser sempre os mesmos a fazer mais do mesmo????

quarta-feira, janeiro 25, 2006

03 de Fevereiro 2006 A não Perder




O Velho da Horta de Gil Vicente estará em cena no Tertulia Castelense, a cargo do Teatro Ágil no próximo dia 03 de Fevereiro. A abertura da sala é às 22.30, e o espectáculo começa às 23.30.

Preço do bilhete: 3 €.

Visitem, apareçam, venham lá ter! Estarei à vossa espera.

domingo, janeiro 22, 2006

Portugal, Portugal

Portugal, Portugal
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Jorge Palma

terça-feira, janeiro 17, 2006

É só para dizer que não tenho nada para dizer neste momento. Se tiverem vocês, deixem no espaço de comentarios, ok? Lanço alguns motes de discussão para este blog

- O estado da cultura neste país
- O futuro dos jovens criadores
- As novas e velhas companhias de teatro
- Os programadores culturais
- O processo de democratização cultural pós 25 de Abril em Portugal
- O enquadramento legal dos profissionais das artes
- O burocratismo sedentário dos processos de candidaturas seja do que for...
- O preço dos m&m's
- A quantidade de chocolate injectada nos Bollicaos
- O aumento para 0,5l das garrafas de cerveja (Portugal cada vez mais se aproxima da Europa)
- Outros assuntos não enquadráveis em tópicos relativizáveis e particularistas.

Como podem ver, há muita mais coisa da qual se pode ou não se pode falar.
Lançem a primeira pedra, acha pra fogueira, metam veneno, cuspam no prato onde comem, mordam a mão que vos embala o berço, apaguem o isqueiro que vos acende o cigarro, manifestem-se! Sejam bem vindos ao Sub-palco. O único blog em Portugal com tendências surrealistas e nada pretensiosas em termos académico-crítico-literários e intelectuais.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

É uma pena...


cliquem na imagem para aumentar

A própósito da petição online sobre o afastamento do director do Teatro Nacional Dona Maria II, fui constatar que no rol de abaixo-assinados, existem uns espertinhos que assinam sob o nome de outras personalidades que ou são fictícias, ou nunca na vida assinariam este abaixo-assinado de descontentamento face às políticas do Ministério da Cultura.

É uma pena que num assunto tão sério e delicado que afecta inúmeros artistas e criadores portugueses de todas as áreas, haja quem tenha a leviandade de tentar retirar seriedade a este abaixo-assinado.

Acham que tornam o abaixo-assinado legítimo para chegar ao Primeiro Ministro com um número suficiente de assinaturas, sendo que no meio delas existam algumas (bastantes) de carácter duvidoso, pouco sério e leviano? Um abaixo-assinado não é coisa para se brincar, muito menos com a vida e a situação dos artistas e criadores portugueses.

São atitudes destas que me fazem crer cada vez mais, que o carácter pouco inteligente de alguns portugueses, também leva o país ao fundo, não são só as atitudes dos políticos...

A imagem que colei aqui, e só um pequeno exemplo que se pode constatar ao longo das outras páginas da petição online.

Aproveitem e vão até ao site da
Petição Online

domingo, janeiro 08, 2006

Almeida Garrett - O perseguido





Depois da decisão escabrosa de permitirem a demolição da casa onde Almeida Garrett passou os seus últimos dias e morreu, agora decidiram afastar sem mais nem porquê o director do Teatro Nacional D. Maria II, António Lagarto.
Almeida Garrett que a 28 de Setembro de 1836 foi incumbido de apresentar uma proposta para o teatro nacional, o que faz propondo a organização de uma Inspecção-Geral dos Teatros, a edificação do Teatro D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática. Os anos de 1837 e 1838, são preenchidos nas discussões políticas que levarão à aprovação da Constituição de 1838, e na renovação do teatro nacional.
Será que Almeida Garret, terá feito algo a algum antepassado de José Sócrates ou de qualquer outro executivo do Governo?

Bem temo, que um dia o Conservatório venha também a ser demolido...

Concluíndo, venho por este meio manifestar a minha profunda indignação, sobre a forma como as artes performativas e a cultura em geral estão a ser vilipendiadas e mal tratadas.

A ofensa à cultura de um país é uma ofensa à nossa identidade enquanto indivíduos. Só uma população sem consciência é que permitirá que tais coisas aconteçam.

Neste país, os crimes de maus tratos a menores, a mulheres, a idosos, a animais é que são punidos e toda a gente se une no sentido de os combater.

Porquê, senhores, porquê então deixar impunes atentados como estes, que cometidos a "conta-gotas", a médio-longo prazo aniquilarão as nossas memórias e o estado da Cultura portuguesa!

Só para lembrar que não vai há muito tempo o Ballet Gulbenkian foi estinguido...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Teatro Ágil na Póvoa de Lanhoso


No próximo dia 13 e 14 deste mês, o nosso Velho irá estar apaixonado novamente, desta vez na horta instalada no palco do Theatro Club da Póvoa de Lanhoso. Apareçam e divirtam-se!

terça-feira, janeiro 03, 2006

A não perder! Vá ao Teatro este fim de semana!




O universo biográfico e autoral de August Strindberg revisitado.

Um texto criado por João Garcia Miguel e Luís Vieira, a partir dos
textos, biografia e personagens da obra de Strindberg e dos
questionamentos e propostas colectivas deste grupo de actores e
criadores plásticos que apresenta o resultado do seu trabalho de
pesquisa, que aconteceu no esquema de residência artística em O
Espaço do Tempo - Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo.

A acção passar-se-á "durante" o nascimento de Strindberg, que
decorre de uma forma ausente, distante, mas constantemente
referenciada e presente através dos personagens à espera de se
tornarem reais. Como pensamentos, desejos, ou sentimentos na
expectativa de uma forma, fantasmas ou almas à espera de um corpo.

Teatro Helena Sá e Costa, Porto

6, 7, 8 de Janeiro de 2006 às 21h 30m

Bilhetes: 10 € (Público Normal)

5 € (Estudantes e menores de 25 anos)


Encenação e Dramaturgia:
João Garcia Miguel

Interpretação:>>
Ana Margarida Carvalho,Inês Leite,Inês Mariana Moitas,José Eduardo Silva,José Nunes,Luís Félix,Sílvia Correia.

Apoios: Espaço do Tempo, Oficinas do Convento, ESMAE, IPP