quinta-feira, setembro 04, 2008

Pensamentos...

"Não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso."

William Shakespeare

"Perdoar e esquecer equivale a atirar pela janela experiências adquiridas com muito custo. Se uma pessoa com quem temos ligação ou convívio nos faz algo de desagradável ou irritante, temos apenas de nos perguntar se ela nos é ou não valiosa o suficiente para aceitarmos que repita segunda vez e com frequência semelhante tratamento, e até de maneira mais grave. Em caso afirmativo, não há muito a dizer, porque falar ajuda pouco. Temos, portanto, de deixar passar essa ofensa, com ou sem reprimenda; todavia, devemos saber que agindo assim estaremos a expor-nos à sua repetição. Em caso negativo, temos de romper de modo imediato e definitivo com o valioso amigo ou, se for um servente, dispensá-lo. Pois, quando a situação se repetir, será inevitável que ele faça exactamente a mesma coisa, ou algo inteiramente análogo, apesar de, nesse momento, nos assegurar o contrário de modo profundo e sincero. Pode-se esquecer tudo, tudo, menos a si mesmo, menos o próprio ser, pois o carácter é absolutamente incorrigível e todas as acções humanas brotam de um princípio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo, e não o que é diferente. (...) Por conseguinte, reconciliarmo-nos com o amigo com quem rompemos relações é uma fraqueza pela qual se expiará quando, na primeira oportunidade, ele fizer exactamente a mesma coisa que produziu a ruptura, até com mais ousadia, munido da consciência secreta da sua imprescindibilidade."

Arthur Schopenhauer

"O amor deveria perdoar todos os pecados, menos um pecado contra o amor. O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor."

Oscar Wilde

terça-feira, setembro 02, 2008

Alguns poemas de Bertold Brecht...

"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vidaEstes são os imprescindíveis"

"Do rio que tudo arrasta diz-se que é violento.
Mas ninguém diz violentas asmargens que o comprimem."

Nada é impossível de mudar

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Escolhas...

A vida é feita de escolhas, de decisões, de imprevistos e de percalços.
Podemos não mandar nos nossos sentimentos, não mandamos no coração.
Mas a forma como tratamos as pessoas é algo que realmente escolhemos.
Escolhemos tratar com respeito, escolhemos desrespeitar.
Respeitamos como forma de reconhecimento.
Desrespeitamos como forma de retaliação.
Ignoramos como forma de defesa.
Confrontamos como forma de obtenção da verdade e da justiça das coisas.

Podemos sempre escolher aceitar algo, renunciar algo.
Podemos de facto escolher os nossos amigos, rejeitar os nossos inimigos.
Podemos sempre fazer tudo.
Podemos de facto achar que não mandamos nos nossos sentimentos e ao mesmo tempo escolher ser maus para com o nosso semelhante...

Aquilo que não podemos (e acho que pertence ao senso comum) é responsabilizar sempre os outros. Também não nos devemos culpar exclusivamente a nós. Tudo se resume a alguma escolha mal feita algures no percurso do nosso crescimento. Mas foi apenas uma escolha...

Serão sempre os outros os culpados dos nosso sofrimento, ou fomos nós em algum momento que escolhemos permitir que alguém nos faça sofrer?

Fomos nós que escolhemos iludir alguém, ou foi esse alguém que nos iludiu a nós?

Escolhemos um trabalho que não nos agrada, ou estamos no trabalho perfeito por mero acaso?

Somos merecedores de algo? Ou escolhemos lutar para merecer algo?

A vida é uma enorme árvore, à qual temos que aprender a podar.
E já os sábios romanos usavam o mesmo verbo "putare" para o acto de pensar, e o acto de podar. Ou seja, fazer escolhas...
Cortar os galhos da nossa vida que são mais fracos, para que depois voltem a crescer mais fortes, até darem os seus frutos.

Muitas vezes estamos tão presos às raízes da vida, enterrados na terra, para evitar ver e sentir o que se passa lá fora, que nos esquecemos de podar a copa da árvore.

São as escolhas, boas ou más, serão sempre escolhas...