sexta-feira, maio 28, 2004

Também a não perder...!

“Um dia, o escaravelho contador de histórias chamado Bocage regressou. Ninguém sabe de onde porque ninguém sabia para onde é que ele tinha ido…”

in, Tepluquê
Manuel António Pina

O Projecto_de_Papelão tem o prazer de Vos convidar a ouvir sobre o regresso de Histórias que tu me contaste que te conto eu.

Estreado no Porto em Setembro de 2003 com encenação de Maria João Vicente e criado ainda no âmbito da finalização da Licenciatura em Estudos Teatrais da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo, Histórias que tu me contaste que te conto eu, dirige-se especialmente a crianças entre os 6 e os 12 anos e a todos aqueles que partilhem do gosto de ouvir e ver contar histórias.

Neste regresso, informamos que Histórias que tu me contaste que te conto eu, estará em Évora, nas instalações do Pimteatro, nos dias 29 e 30 de Maio e em Guimarães, nas instalações do Teatro Oficina, nos dias 8 e 9 de Junho.

Aproveitamos ainda para Vos convidar a um passeio pelos Jardins do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no fim de semana de 5 e 6 de Junho, onde poderão assistir, ao ar livre, à apresentação de algumas das Histórias que tu me contaste que te conto eu.

Ficha Técnica e Artística do Espectáculo

Encenação: Maria João Vicente
Interpretação: Catarina Lacerda, Marta Leitão,Rodrigo Malvar, Rosário Costa
Composição e interpretação musical: Blandino
Design de luz: Ricardo Santos
Operação de luz: Gilberto Oliveira
Cenografia e Figurinos: Projecto_de_Papelão
Livro Original: Histórias que me contaste tu de Manuel António Pina
Adaptação dramatúrgica: Projecto_de_Papelão

Produção: PANMIXIA – Associação Cultural /Projecto_de_Papelão

Fica o convite feito assim como o desejo de nos encontrarmos neste regresso…


Projecto_de_Papelão
Rua do Monte Tadeu, nº153
4000 – 342 Porto
contactos. 96 601 80 87 / 96 764 89 29 / 96 663 51 44

e-mail: esquinas_4@hotmail.com

Um blog digno de visita

Deixo aqui a sugestão para visitarem este recente blog. A sua pertinência espelha-se nos conteúdos dos posts criados por Krip (um grande abraço para ti!) Não deixem de passar por lá. Um blog sobre a caixinha que mudou o mundo. Agora talvez nos reste pensar para que lado é que ela mudou o mundo: para melhor ou para pior????

Visitem a Caixinha Mágica e façam esse blog durar muito tempo!!!!!

quinta-feira, maio 27, 2004

Sabia que...

Eis aqui algumas curiosidades cronológicas da nossa tão "conhecida" ou "desconhecida" história Teatral Mundial

534 a.C. - A primeira tragédia Grega, é apresentada por Téspis.
200 a.C. - Teatro (recitativos e Teatro de Sombras) nas cavernas hindus.
55 a.C. - Primeiro anfi-teatro em Roma.
Séc. XII - Primeiro drama em língua popular (Adam, na França).
1244 - Primeira representação pública de um Auto Sacramental (Pádua).
1430 - Profissionalização dos actores, em Inglaterra. (dá para reflectir sobre o estado da profissionalização dos actores em Portugal...)
1477 - Controlo dos censores às obras teatrais é ordenado pelo Parlamento Francês.
1502 - O fundador do teatro português, Gil Vicente estreia-se na arte dramática.
1529 - Os primeiros papéis femininos são criados em Ferrara, pelo grupo de Rozzante.
1549 - Primeiro teatro fixo fundado em Roma.
1576 - Fundação do primeiro teatro público em Londres.
1599 - Inauguração, em Londres, do teatro de Shakespeare, chamado "The Globe"
1620 - Aleotti inventa os bastidores.
1658 - Surge em Paris Molière, com o seu grupo de actores.
1672 - Surge o primeiro teatro na corte de Moscovo.
1703 - Estreiam-se os primeiros comediantes americanos.
1750 - É fundado o primeiro teatro público russo.
1827 - O fundador da 1ª cia. brasileira de teatro, o actor João Caetano estreia-se no Rio de Janeiro.
1870 - Carlos Gomes estreia O Guarani, no Scala de Milão.
1896 - Construção do primeiro palco giratório, em Munique.
1925 - Pirandello cria em Roma o Teatro d 'Arte.

Estas, entre muitas outras curiosidades de uma arte tão rica, nobre e antiga...

domingo, maio 23, 2004

Já Stanislavski dizia...

O texto a seguir é um excerto do clássico "A preparação do actor", de Stanislavski. Como é sabido, o livro é apresentado na forma de uma narrativa em que um diretor, Tortsov, ensina técnicas de interpretação aos seus jovens alunos. Certamente, o mais interessante da passagem é o carácter inédito de uma ideia que na época não era comum:

"E agora recordem com firmeza o que lhes vou dizer: o teatro, pela publicidade e pelo seu lado espetacular, atrai muita gente que quer apenas tirar proveito da beleza própria ou fazer carreira. Valem-se da ignorância do público, do seu gosto adulterado, do favoritismo, das intrigas, dos falsos êxitos e de muitos outros meios que não tem relação alguma com a arte criadora. Esses exploradores são os inimigos mais mortíferos da arte. Temos que usar contra eles as medidas mais severas e se for impossível reformá-los será necessário afastá-los do palco. "


Constantin Stanislavki (1863-1938), in "A preparação do actor"

sexta-feira, maio 14, 2004

Polémica Suspeita de fraude assombra Moliére

Livro francês denuncia que o dramaturgo usava um "escritor fantasma"

Esta notícia chegou-me via mail. Será interessante divulgá-la. Lembro-me de uma teoria que surgiu também a propósito de Shakespeare.

"Aconfirmar-se a teoria, podemos estar perante uma das maiores fraudes literária de toda a História: Moliére pode não ter sido o autor de diversas obras hoje reconhecidas como fundamentais, casos de "O avarento", "Tartufo", "Misantropo" e "Don Juan". A revelação - verdadeiramente bombástica - é feita no novo livro de Denis Boissier, "O caso Moliére", que anteontem foi apresentado em Paris.
Segundo aquele romancista francês, boa parte da produção de Moliére, incluindo os títulos supracitados e outros, deve-se, na verdade, a um dramaturgo seu contemporâneo, Pierre Corneille.
"O caso Moliére" sustenta, de acordo com relato ontem publicado no jornal "France Soir", que Corneille foi o "escritor fantasma" do célebre dramaturgo do século XVII, cujo nome verdadeiro era Jean-Baptiste Poquelin.
A partir de uma investigação minuciosa sobre as biografias oficiais de Moliére e de Corneille, o escritor Denis Boissier aponta mais de uma centena de provas para a sua teoria - que tornam evidente a fraude que se mantém há mais de três séculos.
O caso, assegura o autor francês, é simples e traduz-se em várias perguntas: "Como era possível a Moliére produzir tantas obras em tão pouco espaço de tempo? Por que mudou o seu nome de Jean-Baptiste Poquelin para o pseudónimo Moliére só depois de conhecer Corneille? E por que é que este último nunca se pronunciou sobre as obras do seu compatriota?
A tese que agora expõe a "fraude Moliére" já foi defendida por diversas vezes desde 1919, quando o escritor Pierre Louys afirmou que "a assinatura do dramaturgo tem de ser comprovada". Recentemente, um outro especialista em análise estilística, Dominique Labbé, professor do Instituto de Estudos Políticos de Grenoble, revelou a "gritante proximidade" entre os textos de Moliére e de Corneille - na sua opinião, que é "99,9% segura", pelo menos 16 peças de Moliére foram escritaspelo seu autor fantasma.
Apesar de toda a polémica, os "moliéristas" não estão dispostos a aceitar a teoria do livro "O caso Moliére". Diversas instituições parisienses, desde a Universidade Sorbona até à Comédia Francesa classificaram como "absurda" atese da fraude."

Já não se pode ser génio neste mundo..?

sábado, maio 08, 2004

Nasceu o Logotipo do Teatro Atípico

Ainda aqui não falei do Teatro Atípico. Um grupo de teatro cómico, ou uma associação de actores que se dedicam ao teatro Absurdo e à comédia. O Teatro Atipico já tem quase 3 anos de idade. Embora só tenha sido baptizado há um ano atrás. Aos poucos, este projecto vai crescendo (uma vezes mais, outras menos...) e isto graças à preserverança dos seus elementos (fixos e convidados). É que não trabalhamos com apoios, subsídios, patrocínios ou coisa que o valha. Por vezes quase que temos de pagar para apresentar os nossos espectáculos, sempre vocacionados para Bares e Café Concerto. O Teatro Atípico também é de quem colabora com ele. Inclusivé outros grupos onde existe uma realação de amizade acima de tudo. E aqui quero homenagear o belo exemplo dos Palmilha Dentada, nas pessoas do sr. Rodrigo Santos, Ivo Bastos e Ricardo Alves.

E agora senhoras e senhores, pela primeira vez lançado na web, o logotipo do Teatro Atípico:



O designer deste logotipo foi Pedro Guimarães. Aqui fica o nosso muito obrigado... e peço desculpa por não me lembrar do nome... mas mais tarde irei tratar disso!