Meus senhores, Portugal está em crise. Mas isto não é nada de novo. Portugal é um país, que sempre se debateu pela sobrevivência desde a hora do seu nascimento. Um país cheio de conflitos internos, traumas de infância e de adolescência.
Portugal está em crise, financeira, política, económica, pedagógica... Portugal esteve sob o jugo da ditadura, libertou-se, amadureceu... vive a sua liberdade...
Hoje em dia, sinto que o meu país continua a viver a sua liberdade (ou será libertinagem???).
Que belo pretexto temos nós agora para justificar a nossa preguiça de sermos empreendedores... O que fariam os portugueses sem os tradicionais bodes expiatórios?
No que me diz respeito, sinto mesmo que os próprios responsáveis catalizdores da mobilização dos portugueses, estão adormecidos à sombra do seu próprio tacho.
A coisa vai de mal a pior, diz o povo pela rua... o povo que saiu à rua... e que agora se fechou cómodamente em casa, ao som dos reality shows...
Os antigos revolucionários estão todos a partir (virtude da ordem natural das coisas) mas o que me assusta é que as novas formas de revolução é apenas ficar reunídos em círculos, apanhando umas mocas (e sob efeito anestésico, lutam por um mundo melhor... o tal que aparece envolto no nevoeiro dos bafos)
Qual é o papel do teatro hoje em dia em portugal, face a esta situação? O de se deixar abater na boca dos susbsídiodepedentes? Hoje em dia a crise é suficiente para aniquilar uma companhia? Onde está a vontade de mudar? As artes (e nomeadamente o Teatro em Portugal) perderam a virtude de expôr e lançar à reflexao o debate sobre isto tudo?
Eu sei que quem o faz é "politicamente" e "correctamente" exilado, abatido, preso. Hoje em dia há outras formas de pidescas e fascistas de calar a liberdade de expressao e opinião.
Mas tenho a esperança que novos cravos amadureçam rapidamente.
Olhemos o passado da nossa cultura e das outras culturas em situações semelhantes. Aprendamos com os erros, mas não os deixemos repetir!!!
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