Retirei isto de http://www.rtp.pt/index.php?article=190040&visual=16
A organização do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) decidiu cancelar a edição deste ano e anunciou que tentará minimizar as consequências desta decisão negociando a vinda ao Porto das companhias previstas no programa.
"Trataremos de renegociar agora com todas as companhias convidadas, de forma a minimizar as indemnizações a que têm direito pelo cancelamento, nomeadamente assegurando a sua vinda ao Porto no próximo ano", disse Ada Pereira da Silva, da Direcção do FIMP.
Os elementos da organização do FIMP viram-se obrigados a cancelar o festival na sequência do impasse na atribuição dos subsídios à actividade teatral pelo Instituto das Artes (IA) provocado pela impugnação judicial do concurso pela Panmixia - Associação Cultural.
Esta estrutura teatral portuense interpôs a acção judicial por se sentir "discriminada" nos concursos dos subsídios atribuídos pelo IA, a que concorreram 25 estruturas, das quais 21 obtiveram apoios.
A directora do FIMP, Isabel Alves Costa, afirmou que "a decisão do cancelamento é extremamente penosa, não só para o festival, mas também para a cidade e o país, que ficam com uma imagem negativa".
"Mas estavam de facto esgotadas todas as possibilidades de financiamento, além do que, se esta questão não foi resolvida até agora, quando os tribunais ainda estão a funcionar, muito menos o serão até ao início do festival [a 15 de Setembro], já que os tribunais estarão em férias na próxima semana", sublinhou.
A directora do FIMP frisou que "os prejuízos provocados pelo cancelamento não são quantificáveis" e que a parte financeira do dano só será apurado depois das negociações com as companhias convidadas.
"Espero que a boa imagem que foi gerada durante as 15 edições anteriores do FIMP seja mais forte do que a perda de credibilidade que o cancelamento nos vai trazer e que o festival possa recuperar o seu prestígio", afirmou.
Isabel Alves Costa referiu que o FIMP tinha este ano um orçamento de 125 mil euros, dos quais 100 mil seriam assegurados pelo subsídio do IA, sendo o montante restante proveniente de múltiplas entidades, entre as quais a Câmara do Porto.
O Ministério da Cultura tem sustentado que nada pode fazer enquanto o processo se mantiver na esfera judicial, mas sublinha que tudo está preparado para que os subsídios possam ser pagos "logo que seja conhecida a decisão judicial".
O Ministério só poderá disponibilizar as verbas caso a providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo seja rejeitada ou retirada.
Mesmo assim, tirem as vossas próprias conclusões...
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