Queria desejar a toda a gente que le o subpalco umas ferias descansadas e umas boas festas. Eu ca por mim estou na Polonia a passar o natal e por isso nao tenho vindo actualizar o blog. Vemo-nos em 2006! Saudacoes teatrais. (esta coisa de teclados estrangeiros sem acentos e tramada)
Wesołych Świąt Bożego Narodzenia!!!
domingo, dezembro 25, 2005
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Velho da Horta no Instituto Superior Técnico
O espectáculo "O Velho da Horta" esteve em cena no passado dia 14 de Dezembro. Foi um espectáculo bastante divertido e tivémos um acolhimento muito agradável e simpático. Diverti-me imenso ao fazer esse espectáculo e o evento "Cenas de Palco" é louvável no sentido de ter sido realizado num local onde aparentemente as pessoas, mas ligadas às ciências, não "possuem" muito contacto com as artes cénicas. Na prática verificou-se que as pessoas que assistiram ao espectáculo, estavam muito interessadas, divertiram-se e gostaram. Actividades destas são dignas de nota e merecedoras de uma continuidade. O apoio a estas iniciativas não pode ser recusado nem evitado. Um bem-haja aos organizadores, principalmente ao Sérgio Mendes por ter sido um anfitrião tão simpático e amistoso! Esperemos que o Teatro Ágil lá volte brevemente em mais um evento dessa natureza!
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Irrita-me!
O que me irrita são aquelas pessoas que se dizem profissionais do mundo do espectáculo e são meros funcionários públicos.
Aquelas pessoas que para esconderem as suas incompetências e incapacidades, usam os outros como bodes expiatórios.
Aquelas pessoas que não sabem ocupar os seus devidos lugares.
Irritam-me os ignorantes, os incapazes e os desiquilibrados.
Irrita-me as pessoas falsas e conflituosas.
Irritam-me as pessoas que não sabem ouvir, que não sabem comunicar.
Irritam-me certas pessoas que têm estado perto de mim e me levaram a escrever este post!
Aquelas pessoas que para esconderem as suas incompetências e incapacidades, usam os outros como bodes expiatórios.
Aquelas pessoas que não sabem ocupar os seus devidos lugares.
Irritam-me os ignorantes, os incapazes e os desiquilibrados.
Irrita-me as pessoas falsas e conflituosas.
Irritam-me as pessoas que não sabem ouvir, que não sabem comunicar.
Irritam-me certas pessoas que têm estado perto de mim e me levaram a escrever este post!
segunda-feira, outubro 31, 2005
O cantinho do leitor
Apetece-me não escrever.
Por isso deixo este espaço para vocês.
Quem quiser atire a primeira pedrada e lançe um tema de discussão em "Opiniões"
Obrigados a todos.
Por isso deixo este espaço para vocês.
Quem quiser atire a primeira pedrada e lançe um tema de discussão em "Opiniões"
Obrigados a todos.
segunda-feira, outubro 24, 2005
Onde está?

Hoje resolvi procurar por alguma informação sobre o sindicato que representa os actores ou trabalhadores do espectáculo.
Fui então ao Google e escrevi "Sindicato dos Actores Portugal". Surgiu logo no topo da lista o sindicato dos jornalistas. Resolvi ir ao google.com escrevi "Sindicato dos Actores", cliquei em "sinto-me com sorte" e surgiu o sindicato dos actores... das asturias. Reparei que a pesquisa estava direccionada para WEB. Então mudei para paginas escritas em português, escrevi "Sindicato dos Actores Portugal" e apareceu Curso de Segurança e Defesa para Jornalistas começa dia 18.
Foi então que refinei a busca e escrevi "Sindicato das Artes e Espectáculo". Finalmente apareceu o SIARTE (era um link na página do Expresso/Emprego). Cliquei no link, e tive aquela página comum de erro: Não é possível encontrar a página.
Votei ao google e escrevi "Sindica-to dos Trabalhadores do Espectáculo". Mais uma vez "Sinto-me com sorte" e lá fui para o site da Fenprof.
Já desiludido com tanta falta de sorte, resolvi escrever subpalco e cliquei em sinto-me com sorte... Pra espanto meu, vim parar ao meu próprio blog...
Mesmo assim, voltei à carga e encontrei o site do Sindicato dos Trabalhadores do Espectáculo. Não fui lá directamente mas lá o encontrei. A informação do site não é muita, mas afinal sempre existe. E vocês? Conseguem encontrá-lo?
No entanto, visitem o guia de caracterização profissional que descreve a profissão do actor e do encenador.
quarta-feira, outubro 19, 2005
A gripe das aves
Hoje de manhã ouvi um senhor doutor a falar num daqueles programas da manhã na televisão, dizendo sobre a gripe das aves, que se fossem constatados casos de contaminação, algumas das medidas que se iriam tomar seria fechar teatros e cinemas...
Valha-me o santo saca-rolhas!!!! Então já não chega as avestruzes dos ministérios e afins que nos fazem a vida negra, vão agora as aves constipadas dar cabo da nossa vidinha? Ainda há pouco desbloquearam os subsídios aqui no Norte e já vão pensando em fechar teatros e cinemas caso o virus se alastre aos humanos???
Agora, não o ouvi falar em igrejas, autocarros, comboios, estádios de futebol, ginásios, escolas, etc... (partido do princípio que ele se estava a referir a locais fechados onde houvesse aglomerados de pessoas...)
Como dizia o outro: "Isto é uma cabala!"
Valha-me o santo saca-rolhas!!!! Então já não chega as avestruzes dos ministérios e afins que nos fazem a vida negra, vão agora as aves constipadas dar cabo da nossa vidinha? Ainda há pouco desbloquearam os subsídios aqui no Norte e já vão pensando em fechar teatros e cinemas caso o virus se alastre aos humanos???
Agora, não o ouvi falar em igrejas, autocarros, comboios, estádios de futebol, ginásios, escolas, etc... (partido do princípio que ele se estava a referir a locais fechados onde houvesse aglomerados de pessoas...)
Como dizia o outro: "Isto é uma cabala!"
terça-feira, outubro 18, 2005
A história da Providência Cautelar chega ao fim... ou não...
Para quem quiser ler, figura no site do Jornal de Notícias, para além de muitos outros locais, o desbloqueio das verbas para os subsídios das companhias de teatro, devido à providência cautelar da Panmixia.
O que é mais engraçado constatar, é que o IA afinal podia ter atribuído os subsídios mesmo com a existência da providência cautelar. Ora, isto não leva a pensar que afinal o IA até achou útil a existência desta Providência?
E agora, o que as companhias vão fazer? Talvez pegar no dinheirinho, pagar as dívidas destes ultimos 9 meses (por ventura pagar talvez algo mais...)
Só espero que o próximo argumento não venha a ser o seguinte:
"Bem... como nós ficamos com a programação deste ano toda comprometida, o melhor é continuar parados e esperar que o próximo ano comece..."
Por outro lado, ao ler a notícia fiquei com a sensação que esta Providência Cautelar não foi afinal para prejudicar os colegas que iriam receber dinheiro, mas sim para desvendar o Monstro Mau, vulgo I.A. que se portou mal e não deu dinheiro apesar da dita Providência.
Já não se fazem Robin Hoods como antigamente...
O que é mais engraçado constatar, é que o IA afinal podia ter atribuído os subsídios mesmo com a existência da providência cautelar. Ora, isto não leva a pensar que afinal o IA até achou útil a existência desta Providência?
E agora, o que as companhias vão fazer? Talvez pegar no dinheirinho, pagar as dívidas destes ultimos 9 meses (por ventura pagar talvez algo mais...)
Só espero que o próximo argumento não venha a ser o seguinte:
"Bem... como nós ficamos com a programação deste ano toda comprometida, o melhor é continuar parados e esperar que o próximo ano comece..."
Por outro lado, ao ler a notícia fiquei com a sensação que esta Providência Cautelar não foi afinal para prejudicar os colegas que iriam receber dinheiro, mas sim para desvendar o Monstro Mau, vulgo I.A. que se portou mal e não deu dinheiro apesar da dita Providência.
Já não se fazem Robin Hoods como antigamente...

terça-feira, outubro 11, 2005
Adiamento de "O Velho da Horta"
Por motivos alheios à nossa e á vossa vontade, tenho o triste infortúnio de anunciar que a nossa ida a Lisboa com "O Velho da Horta" ficou adiada para Dezembro (sem data confirmada). Por esse facto, peço imensa desculpa a todos e a todas que teriam planeado ir ver este espectáculo...
quinta-feira, outubro 06, 2005
É comum ouvir-se dizer...
Já ouvi por várias vezes, ditos actores que agora pululam pelos ecrâs televisivos e que extravasam para os palco portugueses, dizendo coisas do género:
"Bem... eu estava a tirar o curso de medicina e surgiu esta oportunidade de ser actor. Por enquanto, irei continuar e o curso fica para depois."
Ora, e se fizessem essa pergunta a um actor?
"Bem... eu estava a tirar o curso de teatro e surgiu esta oportunidade de ser cirurgião. Por enquanto irei continuar e o curso fica para depois."
Também há os que deixaram o curso de Psicologia a meio. Mas não vi até hoje nenhum actor abrir um consultório por conta própria enquanto acabava o curso de teatro.
Isto para nem falar no pessoal que abandonou o curso de Direito para andar torto pelos palcos...
Uma vez, um professor de educação física veio pedir-me aconselhamento sobre bibliografia para a disciplina de Expressão Dramática. É que ele tinha meio horário e a escola resolveu completar o horário dele com essa disciplina.
Nunca vi nenhuma escola que atríbuísse a um professor de Expressão Dramática (com licenciatura na área)- e que tivesse apenas meio horário, a honra de poder vir a ser também o professor de Educação Física...
"Bem... eu estava a tirar o curso de medicina e surgiu esta oportunidade de ser actor. Por enquanto, irei continuar e o curso fica para depois."
Ora, e se fizessem essa pergunta a um actor?
"Bem... eu estava a tirar o curso de teatro e surgiu esta oportunidade de ser cirurgião. Por enquanto irei continuar e o curso fica para depois."
Também há os que deixaram o curso de Psicologia a meio. Mas não vi até hoje nenhum actor abrir um consultório por conta própria enquanto acabava o curso de teatro.
Isto para nem falar no pessoal que abandonou o curso de Direito para andar torto pelos palcos...
Uma vez, um professor de educação física veio pedir-me aconselhamento sobre bibliografia para a disciplina de Expressão Dramática. É que ele tinha meio horário e a escola resolveu completar o horário dele com essa disciplina.
Nunca vi nenhuma escola que atríbuísse a um professor de Expressão Dramática (com licenciatura na área)- e que tivesse apenas meio horário, a honra de poder vir a ser também o professor de Educação Física...
terça-feira, outubro 04, 2005
13 de Outubro 2005
O Velho da Horta na A.C.E.P foi um sucesso. Tivemos casa cheia, com um público bem disposto e fomos acolhidos muito simpáticamente nesta associação (Associação Cultural e de Educação Popular) na Meadela, uma freguesia de Viana do Castelo.
Iremos rumar a Lisboa no próximo dia 13 de Outubro a convite do Instituto Superior Técnico. Desde já estão todos convidados a comparecer. O espectáculo irá ser à noite, mas eu depois adiantarei mais pormenores.
Por enquanto já está na forja o "Auto da Índia"
Volto a referir que se houver algum professor de Português que por aqui pare, e esteja interessado em nos contactar para levar estes espectáculos à sua escola, não hesite em nos contactar através do 91 702 34 81 (Nuno Loureiro) ou 91 747 64 44 (Gil Filipe)
Iremos rumar a Lisboa no próximo dia 13 de Outubro a convite do Instituto Superior Técnico. Desde já estão todos convidados a comparecer. O espectáculo irá ser à noite, mas eu depois adiantarei mais pormenores.
Por enquanto já está na forja o "Auto da Índia"
Volto a referir que se houver algum professor de Português que por aqui pare, e esteja interessado em nos contactar para levar estes espectáculos à sua escola, não hesite em nos contactar através do 91 702 34 81 (Nuno Loureiro) ou 91 747 64 44 (Gil Filipe)
quarta-feira, setembro 21, 2005
Frases que se deve evitar dizer a um actor ou actriz:
Situação 1
-O que fazes na vida?
-Sou actor.
-Ai é? Mas eu nunca te vi na televisão...quando é que apareces numa novela?
Situação 2
-O que fazes na vida?
-Sou actor.
-Ai é?E para além disso, qual é a tua profissão a sério?
Situação 3
-O que fazes na vida?
-Sou actor
-Actor?
-Sim, sou actor.
-De novela ou de teatro?
-De teatro...
-Ah...pois... e ganha-se alguma coisa com isso?
Situação 4
-O que fazes na vida?
-Sou actor
-Actor?
-Sim, sou actor.
-De novela ou de teatro?
-De novela...
-Que fixe! Não me arranjas uma cunha pra mim???
Outras frases:
"Vê-se mesmo que és actor.Só uma pessoa que bate mal da bola poderia ir para o teatro".
"Vê-se mesmo que és actor.Só um grande mentiroso é que poderia ir para o teatro".
"Vê-se mesmo que és actor. Sempre desconfiei que tinhas ar de bicha."
Eis aqui meus amigos, alguns exemplos da arvore genealógica do PRECONCEITO, tendo como ascendente a IGNORÂNCIA. Contribuam com situações que tenham ocorrido convosco. Abraços a todos e todas os que visitam este blog!
-O que fazes na vida?
-Sou actor.
-Ai é? Mas eu nunca te vi na televisão...quando é que apareces numa novela?
Situação 2
-O que fazes na vida?
-Sou actor.
-Ai é?E para além disso, qual é a tua profissão a sério?
Situação 3
-O que fazes na vida?
-Sou actor
-Actor?
-Sim, sou actor.
-De novela ou de teatro?
-De teatro...
-Ah...pois... e ganha-se alguma coisa com isso?
Situação 4
-O que fazes na vida?
-Sou actor
-Actor?
-Sim, sou actor.
-De novela ou de teatro?
-De novela...
-Que fixe! Não me arranjas uma cunha pra mim???
Outras frases:
"Vê-se mesmo que és actor.Só uma pessoa que bate mal da bola poderia ir para o teatro".
"Vê-se mesmo que és actor.Só um grande mentiroso é que poderia ir para o teatro".
"Vê-se mesmo que és actor. Sempre desconfiei que tinhas ar de bicha."
Eis aqui meus amigos, alguns exemplos da arvore genealógica do PRECONCEITO, tendo como ascendente a IGNORÂNCIA. Contribuam com situações que tenham ocorrido convosco. Abraços a todos e todas os que visitam este blog!
sábado, setembro 17, 2005
O Velho da Horta - Gil Vicente

"Esta seguinte farsa é o seu argumento que um homem honrado e muito rico, já velho, tinha ua horta. E andando ua manhã por ela espairecendo, sendo o seu hortelão fora, veio ua moça de muito bom parecer buscar hortaliça, e o velho em tanta maneira se enamorou dela que per vias de uma alcoviteira perdeu toda a sua fazenda. A alcoviteira foi açoutada e a moça casou honradamente. Entra logo o velho rezando pela horta .
Foi representada ao mui sereníssimo rei D. Manuel, o primeiro desse nome, era do senhor de 1512"
Inspirámo-nos na tradição, já perdida, do teatro ambulante para fazer este espectáculo popular, didáctico e divertido. Dois actores , com uma mala de madeira, uns panos e mais uns poucos adereços podem levar este “Velho da Horta” do Mestre Gil Vicente a toda a gente( desde a praça e outros espaços ao ar livre, passando pela escola e a sala de aula, até aos salões, colectividades, auditórios e teatros) e toda a gente pode ver.
Uma proposta de teatro ágil.
Autor – Gil Vicente
Dramaturgia, direcção plástica e encenação – Gil Filipe
Interpretação – Gil Filipe e Nuno Loureiro
Duração – cerca de 60 minutos
Condições técnicas – este espectáculo não exige condições técnicas especiais podendo ser realizado em qualquer espaço que garanta o conforto do publico e actores e o mínimo ruído.
Contactos para espectáculos:
Gil Filipe - 91917476444 ( epiliflig@hotmail.com )
Nuno Loureiro - 917023481 ( subpalco@hotmail.com )

segunda-feira, setembro 12, 2005
Novidades
Venho aqui informar todos e todas os excelentíssimos e excelentíssimas senhores e senhoras leitores e leitoras deste blog ou blogue,que:
Como não sabia o que haveria de escrever, resolvi cativar a vossa atenção com a palavra Novidades...
E como este truque cómico já é bastante batido, não será novidade nenhuma se eu anunciar que nao trago Novidades comigo.
Tirando um pequeno detalhe que será a apresentação de "O Velho da Horta" encenado por Gil Filipe, interpretado por mim (Nuno Loureiro) e por Gil Filipe (o tal que encena "O Velho da Horta") que por sua vez foi escrita em 1512 por outro Gil, desta vez de apelido Vicente.
A data e local de estreia está por confirmar ainda mas será para breve! Também não sei a lotação da sala, portanto não me venham pedir convites, senão ainda vos vou ter de pedir dinheiro pra pagar o convite porque afinal a lotaçao da sala não dava pra tantos convites, bla bla bla bla...
Fiquem atentos, porque em breve vos trarei mais Informaçoes.
(Porque se eu dissesse Novidades já não era propriamente para falar sobre um tema NOVO, uma NOVIDADE. Mas sim, mais INFORMAÇÕES sobre este tal tema que acabei por abordar neste post... não é...?)
Como não sabia o que haveria de escrever, resolvi cativar a vossa atenção com a palavra Novidades...
E como este truque cómico já é bastante batido, não será novidade nenhuma se eu anunciar que nao trago Novidades comigo.
Tirando um pequeno detalhe que será a apresentação de "O Velho da Horta" encenado por Gil Filipe, interpretado por mim (Nuno Loureiro) e por Gil Filipe (o tal que encena "O Velho da Horta") que por sua vez foi escrita em 1512 por outro Gil, desta vez de apelido Vicente.
A data e local de estreia está por confirmar ainda mas será para breve! Também não sei a lotação da sala, portanto não me venham pedir convites, senão ainda vos vou ter de pedir dinheiro pra pagar o convite porque afinal a lotaçao da sala não dava pra tantos convites, bla bla bla bla...
Fiquem atentos, porque em breve vos trarei mais Informaçoes.
(Porque se eu dissesse Novidades já não era propriamente para falar sobre um tema NOVO, uma NOVIDADE. Mas sim, mais INFORMAÇÕES sobre este tal tema que acabei por abordar neste post... não é...?)
quarta-feira, agosto 31, 2005
As cartas de apresentação do Amanhã
Hoje estive numa escola Secundaria aqui no porto, para entregar o meu C.V.
Ao ver os miúdos agarrados aos respectivos telemóveis, imaginei como seria uma carta de candidatura no futuro:
Para: Xenhor Presidente do Conxelho X-ecutivo:
Oi!!!! Tá tudo? Kumé?
Pah, tou aki a mandar esta carta, pk kero exe Mprego
Sakei um curso online e agora tá td.
É nakela pah. Dix kk coisa tá?
B-jinhos XXXXXX
PS: esta carta de candidatura teria sido enviada por SMS
Ao ver os miúdos agarrados aos respectivos telemóveis, imaginei como seria uma carta de candidatura no futuro:
Para: Xenhor Presidente do Conxelho X-ecutivo:
Oi!!!! Tá tudo? Kumé?
Pah, tou aki a mandar esta carta, pk kero exe Mprego
Sakei um curso online e agora tá td.
É nakela pah. Dix kk coisa tá?
B-jinhos XXXXXX
PS: esta carta de candidatura teria sido enviada por SMS
quarta-feira, agosto 24, 2005
Quem me dera...
Ai quem me dera vasculhar as páginas do passado...
Remover os erros e todos os fracassos...
Apagar as rasuras que fui fazendo pelo caminho...
Deixar em branco as frases que não devia ter dito...
Se a vida fosse um caderno que pudesse manusear,
Arancava imediatamente o capítulo onde a tua história começou...
Queimaria as páginas onde deixaste a tua marca e o teu nome
E no lugar vazio que essas páginas deixaram
re-escrevia a nossa historia com um sonoro e redondo Fim.
Remover os erros e todos os fracassos...
Apagar as rasuras que fui fazendo pelo caminho...
Deixar em branco as frases que não devia ter dito...
Se a vida fosse um caderno que pudesse manusear,
Arancava imediatamente o capítulo onde a tua história começou...
Queimaria as páginas onde deixaste a tua marca e o teu nome
E no lugar vazio que essas páginas deixaram
re-escrevia a nossa historia com um sonoro e redondo Fim.
segunda-feira, agosto 01, 2005
Festival Internacional de Marionetas (FIMP)
Retirei isto de http://www.rtp.pt/index.php?article=190040&visual=16
A organização do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) decidiu cancelar a edição deste ano e anunciou que tentará minimizar as consequências desta decisão negociando a vinda ao Porto das companhias previstas no programa.
"Trataremos de renegociar agora com todas as companhias convidadas, de forma a minimizar as indemnizações a que têm direito pelo cancelamento, nomeadamente assegurando a sua vinda ao Porto no próximo ano", disse Ada Pereira da Silva, da Direcção do FIMP.
Os elementos da organização do FIMP viram-se obrigados a cancelar o festival na sequência do impasse na atribuição dos subsídios à actividade teatral pelo Instituto das Artes (IA) provocado pela impugnação judicial do concurso pela Panmixia - Associação Cultural.
Esta estrutura teatral portuense interpôs a acção judicial por se sentir "discriminada" nos concursos dos subsídios atribuídos pelo IA, a que concorreram 25 estruturas, das quais 21 obtiveram apoios.
A directora do FIMP, Isabel Alves Costa, afirmou que "a decisão do cancelamento é extremamente penosa, não só para o festival, mas também para a cidade e o país, que ficam com uma imagem negativa".
"Mas estavam de facto esgotadas todas as possibilidades de financiamento, além do que, se esta questão não foi resolvida até agora, quando os tribunais ainda estão a funcionar, muito menos o serão até ao início do festival [a 15 de Setembro], já que os tribunais estarão em férias na próxima semana", sublinhou.
A directora do FIMP frisou que "os prejuízos provocados pelo cancelamento não são quantificáveis" e que a parte financeira do dano só será apurado depois das negociações com as companhias convidadas.
"Espero que a boa imagem que foi gerada durante as 15 edições anteriores do FIMP seja mais forte do que a perda de credibilidade que o cancelamento nos vai trazer e que o festival possa recuperar o seu prestígio", afirmou.
Isabel Alves Costa referiu que o FIMP tinha este ano um orçamento de 125 mil euros, dos quais 100 mil seriam assegurados pelo subsídio do IA, sendo o montante restante proveniente de múltiplas entidades, entre as quais a Câmara do Porto.
O Ministério da Cultura tem sustentado que nada pode fazer enquanto o processo se mantiver na esfera judicial, mas sublinha que tudo está preparado para que os subsídios possam ser pagos "logo que seja conhecida a decisão judicial".
O Ministério só poderá disponibilizar as verbas caso a providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo seja rejeitada ou retirada.
Mesmo assim, tirem as vossas próprias conclusões...
A organização do Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) decidiu cancelar a edição deste ano e anunciou que tentará minimizar as consequências desta decisão negociando a vinda ao Porto das companhias previstas no programa.
"Trataremos de renegociar agora com todas as companhias convidadas, de forma a minimizar as indemnizações a que têm direito pelo cancelamento, nomeadamente assegurando a sua vinda ao Porto no próximo ano", disse Ada Pereira da Silva, da Direcção do FIMP.
Os elementos da organização do FIMP viram-se obrigados a cancelar o festival na sequência do impasse na atribuição dos subsídios à actividade teatral pelo Instituto das Artes (IA) provocado pela impugnação judicial do concurso pela Panmixia - Associação Cultural.
Esta estrutura teatral portuense interpôs a acção judicial por se sentir "discriminada" nos concursos dos subsídios atribuídos pelo IA, a que concorreram 25 estruturas, das quais 21 obtiveram apoios.
A directora do FIMP, Isabel Alves Costa, afirmou que "a decisão do cancelamento é extremamente penosa, não só para o festival, mas também para a cidade e o país, que ficam com uma imagem negativa".
"Mas estavam de facto esgotadas todas as possibilidades de financiamento, além do que, se esta questão não foi resolvida até agora, quando os tribunais ainda estão a funcionar, muito menos o serão até ao início do festival [a 15 de Setembro], já que os tribunais estarão em férias na próxima semana", sublinhou.
A directora do FIMP frisou que "os prejuízos provocados pelo cancelamento não são quantificáveis" e que a parte financeira do dano só será apurado depois das negociações com as companhias convidadas.
"Espero que a boa imagem que foi gerada durante as 15 edições anteriores do FIMP seja mais forte do que a perda de credibilidade que o cancelamento nos vai trazer e que o festival possa recuperar o seu prestígio", afirmou.
Isabel Alves Costa referiu que o FIMP tinha este ano um orçamento de 125 mil euros, dos quais 100 mil seriam assegurados pelo subsídio do IA, sendo o montante restante proveniente de múltiplas entidades, entre as quais a Câmara do Porto.
O Ministério da Cultura tem sustentado que nada pode fazer enquanto o processo se mantiver na esfera judicial, mas sublinha que tudo está preparado para que os subsídios possam ser pagos "logo que seja conhecida a decisão judicial".
O Ministério só poderá disponibilizar as verbas caso a providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo seja rejeitada ou retirada.
Mesmo assim, tirem as vossas próprias conclusões...
sábado, julho 23, 2005
De tanta desculpa, protesto, manifestação contra a atribuição indevida de subsídios, porque não fazem as ditas companhias de teatro o seu próprio manifesto? Mas não o façam através de reuniões, abaixo assinados, etc... Ou será que dá mais trabalho fazer aquilo que realmente lhes compete (criação)????
Conversa entre Corifeus (Grécia - séc V a.C.)
- Olha, já não vou levar a obra ao festival. Os meus patrocinadores cortaram-me o subsídio...
- Ai é??? Mas que grande tragédia... e agora?
- Agora em vez de ensaiarmos, vamos organizar umas reuniões para escrever uns abaixo assinados.
- E porque nao levam a peça à cena na mesma?
- Isso agora... Se o fizéssemos assim mostrávamos que os subsídios não serviam pra coisa alguma...
Conversa entre Corifeus (Grécia - séc V a.C.)
- Olha, já não vou levar a obra ao festival. Os meus patrocinadores cortaram-me o subsídio...
- Ai é??? Mas que grande tragédia... e agora?
- Agora em vez de ensaiarmos, vamos organizar umas reuniões para escrever uns abaixo assinados.
- E porque nao levam a peça à cena na mesma?
- Isso agora... Se o fizéssemos assim mostrávamos que os subsídios não serviam pra coisa alguma...
terça-feira, julho 12, 2005
Sobre Terrorismo Mundial... e Nacional
Eles lá estão, os terroristas. Quando menos esperamos, ceifam a vida de cidadãos inocentes.
Eles lá estão, os tipos do G8. Que face ao terrorismo declararam guerra aberta aos "maus". Ainda bem que eles existem, não? E o negócio das armas do Bush? E os impostos a crescer? e a gasolina? E os cidadãos europeus, agora tão lindos, quietinhos e adestrados pela Política do Medo?
Eles lá estão, os incendiários. Chegamos ao verão, e parece que é época de caça.
Os bombeiros, tentam tudo. Os populares também...
E os governantes também lá estão. Coloca-se o corpo de intervenção nos aeroportos quando cheira a ameaça de bomba à escala europeia. Porque raio não se declara guerra aberta também a esta espécie de terrorismo interno que nos flagela todos os anos? Tal como num país que sofre atentados terroristas constantes, a nossa economia também decresce, o património é destruido, vidas também se perdem, o turismo é o que se sabe... e por aí fora...
Será que temos que acender uma velinha para pedir aos Santos para que estes cogumelos de governantes que temos, combatam ferozmente e se empenhem a lutar contra este "terrorismo" doméstico??? Deixem de assomar à janela do Bairro Europeu!!!! Tratem da nossa casa também!
Eles lá estão, os tipos do G8. Que face ao terrorismo declararam guerra aberta aos "maus". Ainda bem que eles existem, não? E o negócio das armas do Bush? E os impostos a crescer? e a gasolina? E os cidadãos europeus, agora tão lindos, quietinhos e adestrados pela Política do Medo?
Eles lá estão, os incendiários. Chegamos ao verão, e parece que é época de caça.
Os bombeiros, tentam tudo. Os populares também...
E os governantes também lá estão. Coloca-se o corpo de intervenção nos aeroportos quando cheira a ameaça de bomba à escala europeia. Porque raio não se declara guerra aberta também a esta espécie de terrorismo interno que nos flagela todos os anos? Tal como num país que sofre atentados terroristas constantes, a nossa economia também decresce, o património é destruido, vidas também se perdem, o turismo é o que se sabe... e por aí fora...
Será que temos que acender uma velinha para pedir aos Santos para que estes cogumelos de governantes que temos, combatam ferozmente e se empenhem a lutar contra este "terrorismo" doméstico??? Deixem de assomar à janela do Bairro Europeu!!!! Tratem da nossa casa também!
quarta-feira, julho 06, 2005
A extinção do Ballet Gulbenkian
Foi com pesar que vi estupefacto no telejornal a extinção do Ballet Gulbenkian...
Como é possivel, resolverem dar cabo da estrutura mais sólida que temos no país a nível de dança clássica e contemporânea?????? Os outros, deixa-os andar a mamar nos subsídios... Pululam por aí bailarinos e companhias com créditos manhosos e inflados de pseudo-prestígio intelectual... E os bimbos dos gabinetes de MC, IPAES, IPAR e o IDEPORAIOQUEVOSPARTA, lá vão ceifando a torto e a direito, cortando o trigo e deixando o joio...
Lembro-me sempre do Jorge Palma a cantar: Ai Portugal, Portugal / de que é que estás a espera / tens o pé numa galera / e outro no fundo do mar...
Ao que o Fausto responderia: Vai ao fundo, vai ao fundo / E vai ao fundo, sim senhor / Que vida boa era a de Lisboa.
Como é possivel, resolverem dar cabo da estrutura mais sólida que temos no país a nível de dança clássica e contemporânea?????? Os outros, deixa-os andar a mamar nos subsídios... Pululam por aí bailarinos e companhias com créditos manhosos e inflados de pseudo-prestígio intelectual... E os bimbos dos gabinetes de MC, IPAES, IPAR e o IDEPORAIOQUEVOSPARTA, lá vão ceifando a torto e a direito, cortando o trigo e deixando o joio...
Lembro-me sempre do Jorge Palma a cantar: Ai Portugal, Portugal / de que é que estás a espera / tens o pé numa galera / e outro no fundo do mar...
Ao que o Fausto responderia: Vai ao fundo, vai ao fundo / E vai ao fundo, sim senhor / Que vida boa era a de Lisboa.
domingo, julho 03, 2005
A crise...
Meus senhores, Portugal está em crise. Mas isto não é nada de novo. Portugal é um país, que sempre se debateu pela sobrevivência desde a hora do seu nascimento. Um país cheio de conflitos internos, traumas de infância e de adolescência.
Portugal está em crise, financeira, política, económica, pedagógica... Portugal esteve sob o jugo da ditadura, libertou-se, amadureceu... vive a sua liberdade...
Hoje em dia, sinto que o meu país continua a viver a sua liberdade (ou será libertinagem???).
Que belo pretexto temos nós agora para justificar a nossa preguiça de sermos empreendedores... O que fariam os portugueses sem os tradicionais bodes expiatórios?
No que me diz respeito, sinto mesmo que os próprios responsáveis catalizdores da mobilização dos portugueses, estão adormecidos à sombra do seu próprio tacho.
A coisa vai de mal a pior, diz o povo pela rua... o povo que saiu à rua... e que agora se fechou cómodamente em casa, ao som dos reality shows...
Os antigos revolucionários estão todos a partir (virtude da ordem natural das coisas) mas o que me assusta é que as novas formas de revolução é apenas ficar reunídos em círculos, apanhando umas mocas (e sob efeito anestésico, lutam por um mundo melhor... o tal que aparece envolto no nevoeiro dos bafos)
Qual é o papel do teatro hoje em dia em portugal, face a esta situação? O de se deixar abater na boca dos susbsídiodepedentes? Hoje em dia a crise é suficiente para aniquilar uma companhia? Onde está a vontade de mudar? As artes (e nomeadamente o Teatro em Portugal) perderam a virtude de expôr e lançar à reflexao o debate sobre isto tudo?
Eu sei que quem o faz é "politicamente" e "correctamente" exilado, abatido, preso. Hoje em dia há outras formas de pidescas e fascistas de calar a liberdade de expressao e opinião.
Mas tenho a esperança que novos cravos amadureçam rapidamente.
Olhemos o passado da nossa cultura e das outras culturas em situações semelhantes. Aprendamos com os erros, mas não os deixemos repetir!!!
Portugal está em crise, financeira, política, económica, pedagógica... Portugal esteve sob o jugo da ditadura, libertou-se, amadureceu... vive a sua liberdade...
Hoje em dia, sinto que o meu país continua a viver a sua liberdade (ou será libertinagem???).
Que belo pretexto temos nós agora para justificar a nossa preguiça de sermos empreendedores... O que fariam os portugueses sem os tradicionais bodes expiatórios?
No que me diz respeito, sinto mesmo que os próprios responsáveis catalizdores da mobilização dos portugueses, estão adormecidos à sombra do seu próprio tacho.
A coisa vai de mal a pior, diz o povo pela rua... o povo que saiu à rua... e que agora se fechou cómodamente em casa, ao som dos reality shows...
Os antigos revolucionários estão todos a partir (virtude da ordem natural das coisas) mas o que me assusta é que as novas formas de revolução é apenas ficar reunídos em círculos, apanhando umas mocas (e sob efeito anestésico, lutam por um mundo melhor... o tal que aparece envolto no nevoeiro dos bafos)
Qual é o papel do teatro hoje em dia em portugal, face a esta situação? O de se deixar abater na boca dos susbsídiodepedentes? Hoje em dia a crise é suficiente para aniquilar uma companhia? Onde está a vontade de mudar? As artes (e nomeadamente o Teatro em Portugal) perderam a virtude de expôr e lançar à reflexao o debate sobre isto tudo?
Eu sei que quem o faz é "politicamente" e "correctamente" exilado, abatido, preso. Hoje em dia há outras formas de pidescas e fascistas de calar a liberdade de expressao e opinião.
Mas tenho a esperança que novos cravos amadureçam rapidamente.
Olhemos o passado da nossa cultura e das outras culturas em situações semelhantes. Aprendamos com os erros, mas não os deixemos repetir!!!
sábado, junho 11, 2005
sexta-feira, junho 10, 2005
De volta do passeio...
Alo pessoal. Ainda estou na Polonia, mas como estive de visita a outros locais, nao pude escrever. Durante estes ultimos dias fui visitar Aushwitz, Cracovia e Zakopane.
Foram uns dias bem passados, apesar do mau tempo e frio que apanhamos nas montanhas de Zakopane. Vejam depois as fotos no outro site subpalco
Foram uns dias bem passados, apesar do mau tempo e frio que apanhamos nas montanhas de Zakopane. Vejam depois as fotos no outro site subpalco
segunda-feira, maio 30, 2005
Período de férias
Estou quase a chegar ao fim do meu contrato. Vou tirar umas mais que bem merecidas férias. Dia 1 de Junho mando-me para a Polónia. Mas não vou deixar de estar por "cá". Acabei de criar um fotolog expressamente para que possa partilhar as minhas "aventuras" e "desventuras".
Para quem quiser visitar e deixar comentários ou sugestões cliquem em
http://subpalco.gigafoto.com.br/
esta foi a forma mais rápida que encontrei de "postar" as fotos online...
Para quem quiser visitar e deixar comentários ou sugestões cliquem em
http://subpalco.gigafoto.com.br/
esta foi a forma mais rápida que encontrei de "postar" as fotos online...
sábado, maio 28, 2005
O menos mau das noites nocturnas de um par de dois
No outro dia (para ser mais preciso, na passada quinta-feira) fui ver um espectáculo muito, mas muito bom. Trata-se de "O Menos Mau das Noites Nocturnas de Um Par de Dois". Está em cena até dia 12 de Junho na Sala Estúdio Latino (Teatro Sá da Bandeira, Porto). Os bilhetes são acessíveis. Aproveitem para lá dar um salto e assistir a um dos poucos exemplos de humor INTELIGENTE feitos em Português, para portugueses - e estrangeiros. Aqui fica a minha recomendação: Teatro da Palmilha Dentada. "O Menos Mau das Noites Nocturnas de Um Par de Dois". Os meus sinceros parabéns ao Rodrigo e ao Ivo, ao Ricardo e ao restante pessoal que colaborou na realização deste espectáculo delicioso.
Para saber um pouquinho mais:
http://www.agendadoporto.pt/indi/215.htm
ou então visitem mesmo o site deles em:
http://palmilhadentada.com/inicio.html
Para saber um pouquinho mais:
http://www.agendadoporto.pt/indi/215.htm
ou então visitem mesmo o site deles em:
http://palmilhadentada.com/inicio.html
quarta-feira, maio 25, 2005
Sobre encenação:
Citando António Pedro no seu livro "Pequeno tratado da encenação", primeiro parágrafo do prefácio e dedicatória:
"A encenação é uma arte e não pode deixar de ser um artista o encenador. Regras, princípios, delimitações deontológicas e o próprio conceito estético de que depende a sua concepção e a concepção do seu agir, são matéria duma sabedoria por natureza discutível e contraditória, não ciência certa adquirida por experiência laboratorial parcelada e adicionada por erudição."No entanto, tenho visto encenadores, que não possuem a mínima mestria de dirigir. São uns charlatães. Valem-se da experiência e do talento dos próprios actores para depois recolherem os louros da suas "supostas" encenações.
Encenadores que se limitam a um processo básico e extremamente instantâneo: Ensaio de mesa, marcação, ensaios corridos, ensaios corridos, ensaios corridos, ensaios corridos... estreia (por vezes, falsas estreias).
Ser encenador é ser o maestro de uma equipa de artistas. Mas isto não faz dele o chefe "supremo" autoritário e totalitarista. Um encenador deve ser um líder, mas não um ditador.
Encenar é saber escolher a peça certa para os actores que dispõe, ou os actores certos para a peça que quer pôr em cena. Não é apenas criar em "fornada de pão" uma série de produtos e sub-produtos teatrais que apenas são criados com o intúito de ter algo para vender.
Encenar é ter vontade de afirmar algo. De pintar um ponto de vista, uma crítica, uma reflexão. Não é dispor de actores e manipulá-los a seu bel-prazer com um falso intuíto estético ou artístico.
Encenar não é pedir aos actores que sejam macaquinhos de imitação. É dirigi-los ao ponto de que a cena que ensaiam e repetem seja feita com destreza técnica e verossímil.
Encenar não é ludibriar o espectador com efeitos "lúdicos" ou falsamente pedagógicos.
Encenar não é masturbar-se intelectualmente diante de uma plateia de espectadores que vão ao teatro.
Encenar não é demonstrar poder. É dar poder. Distribuir esse poder pela força mágica que só um espectáculo de teatro pode ter.
Encenar não é diminuir os outros, achando-se um ser de excepção.
O encenador é um artista, como todos os outros artistas das diferentes profissões que fazem com que o Teatro seja uma arte multi-disciplinar.
sexta-feira, maio 20, 2005
O insólito aconteceu...
Ora cheguei eu hoje a Aveiro onde estive a semana toda a fazer o espectáculo "Maldita Matémática" quando me deparei com um outro espectáculo! No salão nobre dos Bombeiros Novos de Aveiro, mesmo ao lado do nosso cenário, estava montado todo o equipamento necessário para (pasmem-se) uma recolha de sangue!
É isso mesmo... andavam por lá enfermeiros a preparar o equipamento, e já estava uma fila de dadores, prontos a salvar vidas.
Fiquei espantado e perguntei o que se passava. Ora, responderam-me que tinha havido um engano nas datas e marcaram as duas coisas para o mesmo dia, no mesmo local.
Faltavam 45 minutos para começar o espectáculo, já vinham a caminho perto de 160 crianças, de três escolas diferentes. E depois veio uma pergunta bombástica:
Acha que isto vai fazer alguma diferença ao espectáculo?
Fiz o filme todo na cabeça: Um espectáculo de teatro a decorrer, com 160 miúdos a assistir, a abordar um tema como a Matemática e mesmo ao lado uns espectadores especiais a dar sangue... Isto não faz lembrar o Natal dos Hospitais? Por outro lado, pensei na reacção dos professores e alunos que ali se dirigiam para ver um espectáculo de teatro, paredes meias (só existiam uma especie de biombos que não tapavam tudo) com uma sessão de recolha de sangue. Por mais que eu e a minha colega nos esfalfássemos, talvez a atenção não estivesse voltada para nós.
Como é lógico entrou-se num litígio. O espectáculo (que era às 11 horas) não podia ser cancelado ou adiado para a parte da tarde. A sessão de recolha de sangue também não.
E aqui gerou-se a revolta (nos dadores) - e devo dizer, principalmente naqueles que obtém benefícios fiscais a troco do pretenso acto voluntário de "salvar vidas", porque a recolha teve de ser adiada para outro dia.
Não posso deixar de reflectir no seguinte: Como não podia deixar de ser ouvi as vozes erguidas ao alto dizendo "Eles que façam a festa, dão prioridade às crianças." "As crianças que dêm sangue, já que elas é que tem todos os direitos".
E nós? Eu, a Sandra, a Andrea? Não trabalhamos? Estávamos ali para brincar? Não tinhamos invadido nenhum centro de saúde para fazer Teatro. Estávamos lá há já uma semana a fazer dois espectáculos por dia. Não somos trabalhadores?
O que me deixou mais triste mesmo assim foi o facto de quem cometeu este erro, se ter fartado de pedir desculpas ao pessoal médico pelo facto de terem montado as máquinas e as terem tido de desmontar logo a seguir. Mas não houve uma única alma que nos pedisse desculpas pelo facto de estarmos prestes a começar um espectáculo para a infância, num estado de nervos tal, que se não fosse o nosso profissionalismo, poderiamos simplesmente alegar que não possuíamos condições para tal.
Séc. XXI, sociedade globalizada, informação, civilização por vezes são termos que acho que não chegaram ao conhecimento de determinadas pessoas.
É isso mesmo... andavam por lá enfermeiros a preparar o equipamento, e já estava uma fila de dadores, prontos a salvar vidas.
Fiquei espantado e perguntei o que se passava. Ora, responderam-me que tinha havido um engano nas datas e marcaram as duas coisas para o mesmo dia, no mesmo local.
Faltavam 45 minutos para começar o espectáculo, já vinham a caminho perto de 160 crianças, de três escolas diferentes. E depois veio uma pergunta bombástica:
Acha que isto vai fazer alguma diferença ao espectáculo?
Fiz o filme todo na cabeça: Um espectáculo de teatro a decorrer, com 160 miúdos a assistir, a abordar um tema como a Matemática e mesmo ao lado uns espectadores especiais a dar sangue... Isto não faz lembrar o Natal dos Hospitais? Por outro lado, pensei na reacção dos professores e alunos que ali se dirigiam para ver um espectáculo de teatro, paredes meias (só existiam uma especie de biombos que não tapavam tudo) com uma sessão de recolha de sangue. Por mais que eu e a minha colega nos esfalfássemos, talvez a atenção não estivesse voltada para nós.
Como é lógico entrou-se num litígio. O espectáculo (que era às 11 horas) não podia ser cancelado ou adiado para a parte da tarde. A sessão de recolha de sangue também não.
E aqui gerou-se a revolta (nos dadores) - e devo dizer, principalmente naqueles que obtém benefícios fiscais a troco do pretenso acto voluntário de "salvar vidas", porque a recolha teve de ser adiada para outro dia.
Não posso deixar de reflectir no seguinte: Como não podia deixar de ser ouvi as vozes erguidas ao alto dizendo "Eles que façam a festa, dão prioridade às crianças." "As crianças que dêm sangue, já que elas é que tem todos os direitos".
E nós? Eu, a Sandra, a Andrea? Não trabalhamos? Estávamos ali para brincar? Não tinhamos invadido nenhum centro de saúde para fazer Teatro. Estávamos lá há já uma semana a fazer dois espectáculos por dia. Não somos trabalhadores?
O que me deixou mais triste mesmo assim foi o facto de quem cometeu este erro, se ter fartado de pedir desculpas ao pessoal médico pelo facto de terem montado as máquinas e as terem tido de desmontar logo a seguir. Mas não houve uma única alma que nos pedisse desculpas pelo facto de estarmos prestes a começar um espectáculo para a infância, num estado de nervos tal, que se não fosse o nosso profissionalismo, poderiamos simplesmente alegar que não possuíamos condições para tal.
Séc. XXI, sociedade globalizada, informação, civilização por vezes são termos que acho que não chegaram ao conhecimento de determinadas pessoas.
quarta-feira, maio 11, 2005
Mare Nostrum
Por quantos mares nagerameos sem lei nem rei, amedrontados e amotinados, presos na nossa própria embarcação.
Quantas horas desesperadas esperaremos pelo fim, naufrágio inexorável de uma tripulação que já nem moral tem.
Sou um navegador mal-tratado por um capitão atroz, sádico e maquiavélico.
Sou um escravo carregador de pedras para a pirâmide dos Faraós.
Quantas horas desesperadas esperaremos pelo fim, naufrágio inexorável de uma tripulação que já nem moral tem.
Sou um navegador mal-tratado por um capitão atroz, sádico e maquiavélico.
Sou um escravo carregador de pedras para a pirâmide dos Faraós.
quarta-feira, abril 27, 2005
Quando as mulheres se juntam!
Estou de regresso do Alentejo. Estive no fim de semana passado em espectáculos na Feira do Livro de Moura. Uma terra fantástica, acolhedora e ainda por cima tive a sorte de ter uns dias de sol magníficos.
O que me leva a escrever este post, foi que afinal vim a descobrir na viagem de regresso para o Porto, qual a verdadeira razão que leva as mulheres a irem juntas à casa de banho.
Parámos para almoçar num restaurante na Estrada Nacional 114 (perto de Montemor-o-Novo. A minha colega decidiu ir à casa de banho (sozinha) e foi ela que me mostrou esta "maravilha" arquitectónica. Não é própriamente pela sua beleza, mas sim pela originalidade!
O que me leva a escrever este post, foi que afinal vim a descobrir na viagem de regresso para o Porto, qual a verdadeira razão que leva as mulheres a irem juntas à casa de banho.
Parámos para almoçar num restaurante na Estrada Nacional 114 (perto de Montemor-o-Novo. A minha colega decidiu ir à casa de banho (sozinha) e foi ela que me mostrou esta "maravilha" arquitectónica. Não é própriamente pela sua beleza, mas sim pela originalidade!

Ou o construtor desta casa de banho, fez esta obra a pensar neste velho "mito urbano", ou então terá sido neste restaurante que foi criado o hábito de as mulheres irem juntas à casa de banho...
domingo, abril 17, 2005
Falando um pouco de mim
Tenho escrito, mais ou menos regularmente, textos que criticam ou apologizam as mais variadas temáticas ligadas directa ou indirectamente ao Teatro. Tenho-me esquecido de escrever sobre mim.
Então ora aqui vai: Neste momento estou na fase final da digressão do espectáculo "Maldita Matemática". Ainda na semana passada estive em Cascais, para a semana estarei em Meleças (Cacém), daí arrancarei para Moura (Alentejo) dando depois um salto para Setúbal (ou Barreiro, ainda não sei bem). Sendo que ainda me esperam Vila Franca de Xira e Leiria.
Já estou há um ano e sete meses a fazer este espectáculo, intercalado com outro que se chama "Onde está a ávó?" - Este último terminou a sua carreira há duas semanas atrás no Centro Cultural de Belém.
Ter feito até à data mais de 200 representações da "Maldita Matemática" proporciounou-se uma excelente ferramenta de estudo. A exploração da técnica física e vocal neste espectáculo atingiu uma dimensão que muito difícilmente conseguiria noutros espectáculos, pois normalmente as carreiras são substancialmente mais reduzidas.
A grande dificuldade de um actor, quando faz muitas representações do mesmo espectáculo (no meu caso eram 2 por dia), está na questão da "petrificação", correndo o risco de se tornar mero executante. Um actor deve possuir um treino e um conhecimento e inteligência emocional e física para não cair na mecanização. Respeitando escrupulosamente as minhas marcações, fui descobrido que efectivamente, dentro de qualquer partitura de movimentos, existe ainda um enorme caminho a percorrer, onde é possível explorar e marcar as "micro-estrututas" de marcação. Decompor um movimento até ao seu "átomo". Agir de forma exacta e rigorosa, mantendo a frescura da espontaneidade e a organicidade dos movimentos.
Para que um movimento mantenha essa organicidade, tem de ser verossímil. A olho nú, é um movimento como todos os outros. Um movimento que apenas acontece. E aí é o corpo que responde e actua, não o jogo psicológico e manipulativo do actor. O corpo age sem efeitos. O corpo do actor deixa de "vestir" o personagem. Porque ele "é" o personagem.
Ainda me restam mais umas semanas até terminar a minha carreira neste espectáculo... embora continue a gostar do que estou a fazer, anseio agora por novos projectos e novas pesquisas.
Os cientistas lidam com aparelhos e ferramentas altamente sofisticadas e complexas. Os actores possuem duas ferramentas apenas. O corpo e a voz. E que ferramentas estas! Tão complexas e pouco conhecidas ou insuficientemente exploradas... Umas maltratadas, outras tão mimadas... Ferramentas insubsituíveis. O actor acaba por trabalhar apenas com uma coisa que afinal de contas é a maior dádiva que tem. Aquilo que lhe confere a existência - O Corpo.

Então ora aqui vai: Neste momento estou na fase final da digressão do espectáculo "Maldita Matemática". Ainda na semana passada estive em Cascais, para a semana estarei em Meleças (Cacém), daí arrancarei para Moura (Alentejo) dando depois um salto para Setúbal (ou Barreiro, ainda não sei bem). Sendo que ainda me esperam Vila Franca de Xira e Leiria.
Já estou há um ano e sete meses a fazer este espectáculo, intercalado com outro que se chama "Onde está a ávó?" - Este último terminou a sua carreira há duas semanas atrás no Centro Cultural de Belém.
Ter feito até à data mais de 200 representações da "Maldita Matemática" proporciounou-se uma excelente ferramenta de estudo. A exploração da técnica física e vocal neste espectáculo atingiu uma dimensão que muito difícilmente conseguiria noutros espectáculos, pois normalmente as carreiras são substancialmente mais reduzidas.
A grande dificuldade de um actor, quando faz muitas representações do mesmo espectáculo (no meu caso eram 2 por dia), está na questão da "petrificação", correndo o risco de se tornar mero executante. Um actor deve possuir um treino e um conhecimento e inteligência emocional e física para não cair na mecanização. Respeitando escrupulosamente as minhas marcações, fui descobrido que efectivamente, dentro de qualquer partitura de movimentos, existe ainda um enorme caminho a percorrer, onde é possível explorar e marcar as "micro-estrututas" de marcação. Decompor um movimento até ao seu "átomo". Agir de forma exacta e rigorosa, mantendo a frescura da espontaneidade e a organicidade dos movimentos.
Para que um movimento mantenha essa organicidade, tem de ser verossímil. A olho nú, é um movimento como todos os outros. Um movimento que apenas acontece. E aí é o corpo que responde e actua, não o jogo psicológico e manipulativo do actor. O corpo age sem efeitos. O corpo do actor deixa de "vestir" o personagem. Porque ele "é" o personagem.
Ainda me restam mais umas semanas até terminar a minha carreira neste espectáculo... embora continue a gostar do que estou a fazer, anseio agora por novos projectos e novas pesquisas.
Os cientistas lidam com aparelhos e ferramentas altamente sofisticadas e complexas. Os actores possuem duas ferramentas apenas. O corpo e a voz. E que ferramentas estas! Tão complexas e pouco conhecidas ou insuficientemente exploradas... Umas maltratadas, outras tão mimadas... Ferramentas insubsituíveis. O actor acaba por trabalhar apenas com uma coisa que afinal de contas é a maior dádiva que tem. Aquilo que lhe confere a existência - O Corpo.

segunda-feira, abril 11, 2005
O Teatro está caduco...
Esta foi uma frase que me ficou na cabeça durante a semana passada. O Teatro está realmente a ficar caduco... Que de novo tem o Teatro trazido à sede dos Homens?O Teatro está transformado numa "passerelle" de actores mediatizados! São as versões teatrais dos Morangos com Açúcar. São as peças com os elencos "de novela". São as produções de massa.
O Teatro está a transformar-se numa "Aristocracia Falida". Os novos actores que só conhecem a arte de representar iniciada na televisão, têm agora como final objectivo povoar os palcos com peças desprovidas de desempenho técnico aceitável. É o Teatro mediatizado. São os produtores a aproveitarem-se dos actores mediatizáveis para encher as salas. São os interesses industrais a entrar pelas salas do teatro adentro.
O Teatro está caduco... São as adlrabices despegadas, charlatães que sobem aos palcos, altares dessacralizados.
Não me admira nada que um dia se faça uma versão teatral da Quinta das Celebridades.
Já não se vai ao teatro para celebrar a vida, para ostracizar os medos, para catarcisar as angústias, para rir da existência.
Vai-se ao Teatro para ver ao vivo os animais de circo que apareceram a público pela primeira vez enjaulados na Televisão...
O Teatro está a transformar-se numa "Aristocracia Falida". Os novos actores que só conhecem a arte de representar iniciada na televisão, têm agora como final objectivo povoar os palcos com peças desprovidas de desempenho técnico aceitável. É o Teatro mediatizado. São os produtores a aproveitarem-se dos actores mediatizáveis para encher as salas. São os interesses industrais a entrar pelas salas do teatro adentro.
O Teatro está caduco... São as adlrabices despegadas, charlatães que sobem aos palcos, altares dessacralizados.
Não me admira nada que um dia se faça uma versão teatral da Quinta das Celebridades.
Já não se vai ao teatro para celebrar a vida, para ostracizar os medos, para catarcisar as angústias, para rir da existência.
Vai-se ao Teatro para ver ao vivo os animais de circo que apareceram a público pela primeira vez enjaulados na Televisão...
segunda-feira, abril 04, 2005
A vida de um actor na sociedade de consumo...
No outro dia aconteceu-me uma coisa verdadeiramente caricata.
Há pouco menos de um ano, comprei a minha casa. Quando recorri ao crédito bancário, receei que me fosse recusado devido à minha profissão. Quando se diz que se é actor profissional, acende-se geralmente nas cabeças dos senhores dos bancos uma palavra a neon e a piscar dizendo "Miserável". Mas como felizmente já trabalho regularmente em teatro profissional, lá me foi aceite o crédito e pude mesmo comprar a casa.
O que é mais extraordinário é que os senhores do Banco Cetelem, que fazem créditos em muitas lójas de electrodomésticos, recusaram-me um crédito para comprar uma máquina de lavar, precisamente porque lhes fez confusão o facto de eu ser um actor e trabalhar a recibos verdes...
Será que os senhores do Banco Cetelem também recusam créditos aos Advogados e outros profissionais liberais que trabalham a recibos verdes?
Já a senhora que me tentou impingir um cartão de crédito da Citybank (no Norteshopping) foi mais sincera na sua ignorância. Depois de me perguntar qual era a minha profissão, ao que eu respondi "Actor" ela hesitou e gagejando disse: "Ah... p-pois... então não deve ter muitos rendimentos, não é?"
Resumindo: Rendimentos Mínimos aos mandriões, Subsídios de Desemprego aos calões, Baixas fraudulentas, Fugas aos impostos e tudo mais... tudo passa neste nosso querido Portugal.
Dizer-se que se é actor profissional... é igual a dizer-se que se é mandrião, calão, e sem rendimentos...
Há pouco menos de um ano, comprei a minha casa. Quando recorri ao crédito bancário, receei que me fosse recusado devido à minha profissão. Quando se diz que se é actor profissional, acende-se geralmente nas cabeças dos senhores dos bancos uma palavra a neon e a piscar dizendo "Miserável". Mas como felizmente já trabalho regularmente em teatro profissional, lá me foi aceite o crédito e pude mesmo comprar a casa.
O que é mais extraordinário é que os senhores do Banco Cetelem, que fazem créditos em muitas lójas de electrodomésticos, recusaram-me um crédito para comprar uma máquina de lavar, precisamente porque lhes fez confusão o facto de eu ser um actor e trabalhar a recibos verdes...
Será que os senhores do Banco Cetelem também recusam créditos aos Advogados e outros profissionais liberais que trabalham a recibos verdes?
Já a senhora que me tentou impingir um cartão de crédito da Citybank (no Norteshopping) foi mais sincera na sua ignorância. Depois de me perguntar qual era a minha profissão, ao que eu respondi "Actor" ela hesitou e gagejando disse: "Ah... p-pois... então não deve ter muitos rendimentos, não é?"
Resumindo: Rendimentos Mínimos aos mandriões, Subsídios de Desemprego aos calões, Baixas fraudulentas, Fugas aos impostos e tudo mais... tudo passa neste nosso querido Portugal.
Dizer-se que se é actor profissional... é igual a dizer-se que se é mandrião, calão, e sem rendimentos...
terça-feira, março 22, 2005
Quantas vezes...
Quantas vezes pensamos e reflectimos sobre a ética profissional do encenador, do actor, do técnico de som e luz, do figurinista, do cenógrafo?
Quantas vezes nos olhamos numa prespectiva de classe global que deve ser unida em vez de ser espartilhada?
Quantas vezes pensamos na existência dos "guetos" artísticos?
Quantas vezes nos unimos na luta da dignificação da classe das artes performativas?
Quantas vezes pensamos na nossa responsabilidade enquanto agentes culturais?
Quantas vezes queremos realmente transmitir algo que nos toca, preocupa, revolta ou repulsa?
Quantas vezes montamos um projecto baseado numa filosofia honesta, sólida e coerente?
Quantas vezes fomos nós altruístas e não narcisistas e egocêntricos?
Quantas vezes servimos nós o Teatro?
Quantas vezes nos servimos do Teatro?
Quantas vezes nos olhamos numa prespectiva de classe global que deve ser unida em vez de ser espartilhada?
Quantas vezes pensamos na existência dos "guetos" artísticos?
Quantas vezes nos unimos na luta da dignificação da classe das artes performativas?
Quantas vezes pensamos na nossa responsabilidade enquanto agentes culturais?
Quantas vezes queremos realmente transmitir algo que nos toca, preocupa, revolta ou repulsa?
Quantas vezes montamos um projecto baseado numa filosofia honesta, sólida e coerente?
Quantas vezes fomos nós altruístas e não narcisistas e egocêntricos?
Quantas vezes servimos nós o Teatro?
Quantas vezes nos servimos do Teatro?
segunda-feira, março 21, 2005
Os plágios.
Quem é artista cria e não copia. Sou de opinião que só há talento onde se detecta criatividade. Quando o assunto é cópia, não há o que se falar de talento, mas sim de habilidade, de destreza.
O que é o Plágio?
Plágio ocorre quando o executor procura imitar deliberadamente, total ou parcialmente, a obra de um outro artista; nela, o plagiador, dissimulando ou não, objectiva fazer parecer aos leigos que aquela criação artística é dele, já que a assina.
e o que é releitura artística?
A releitura artística acontece quando se objectiva criar uma nova obra de arte, tomando por base um motivo utilizado por outrem, usando-o de forma diversa, sem qualquer compromisso com a verossimilhança, no que se refere à obra objecto da releitura.
Já constatei que há escritores, coreógrafos e encenadores que se fartam de plagiar ideias ou outros textos "não conhecidos" para se livrarem das suas frustrações criativas. Alegam que os textos são deles, ou que fizeram releituras artísticas (julgando que o resto do povo é ignorante e que não tem acesso - coincidentemente ou não - às obras aparentemente desconhecidas ou esquecidas que essems mesmos autores leram ou viram.
No outro dia ouvi uma expressão: "As palavras que dizemos não são nossas. Dizemo-las porque as ouvimos".
É perfeitamente natural que ao criar estejamos a utilizar memórias e ligações subconscientes. Mas daí a criar histórias aparentemente originais, mas que depois de comparadas com outras obras, mais parecem um 6 no totoloto, fico a pensar se isso não será um plágio. Por mais que se diga que apenas é uma releitura artística...
O que é o Plágio?
Plágio ocorre quando o executor procura imitar deliberadamente, total ou parcialmente, a obra de um outro artista; nela, o plagiador, dissimulando ou não, objectiva fazer parecer aos leigos que aquela criação artística é dele, já que a assina.
e o que é releitura artística?
A releitura artística acontece quando se objectiva criar uma nova obra de arte, tomando por base um motivo utilizado por outrem, usando-o de forma diversa, sem qualquer compromisso com a verossimilhança, no que se refere à obra objecto da releitura.
Já constatei que há escritores, coreógrafos e encenadores que se fartam de plagiar ideias ou outros textos "não conhecidos" para se livrarem das suas frustrações criativas. Alegam que os textos são deles, ou que fizeram releituras artísticas (julgando que o resto do povo é ignorante e que não tem acesso - coincidentemente ou não - às obras aparentemente desconhecidas ou esquecidas que essems mesmos autores leram ou viram.
No outro dia ouvi uma expressão: "As palavras que dizemos não são nossas. Dizemo-las porque as ouvimos".
É perfeitamente natural que ao criar estejamos a utilizar memórias e ligações subconscientes. Mas daí a criar histórias aparentemente originais, mas que depois de comparadas com outras obras, mais parecem um 6 no totoloto, fico a pensar se isso não será um plágio. Por mais que se diga que apenas é uma releitura artística...
domingo, janeiro 23, 2005
As superstições dos Actores
Todos os actores têm superstições! Não acredito que nao haja actores supersticiosos. Quanto mais não seja, quando se deseja "Muita Merda" antes do espectáculo (e quando se sabe que se se agradecer isso dá azar.) Existem vários rituais que servem para dar boa sorte ao espectáculo ou são indicadores de que o espectáculo irá correr bem.
Por exemplo: Se alguém se magoar nos ensaios e fizer sangue, dizem que a estreia e a carreira do espectáculo irá correr bem. Mas para isso essa pessoa tem que derramar o seu sangue pelo palco e em alguns adereços. (E porque não figurinos também?ehehehe).
Há quem diga que não se pode dizer "Vai correr tudo bem" porque isso irá atrair todo o azar do mundo para o espectáculo. (eu já comprovei isso na realidade!!!)
Já ouvi falar também de um actor que não suportava ouvir a palavra "corda" pois dizia que dava azar. Preferia que se dissesse "guita". Ora a teia de um teatro é constituída por varas, que estão suspensas nada mais nada menos por... lá está: cordas!
E vocês, conhecem mais superstições para além destas que eu mencionei?
Por exemplo: Se alguém se magoar nos ensaios e fizer sangue, dizem que a estreia e a carreira do espectáculo irá correr bem. Mas para isso essa pessoa tem que derramar o seu sangue pelo palco e em alguns adereços. (E porque não figurinos também?ehehehe).
Há quem diga que não se pode dizer "Vai correr tudo bem" porque isso irá atrair todo o azar do mundo para o espectáculo. (eu já comprovei isso na realidade!!!)
Já ouvi falar também de um actor que não suportava ouvir a palavra "corda" pois dizia que dava azar. Preferia que se dissesse "guita". Ora a teia de um teatro é constituída por varas, que estão suspensas nada mais nada menos por... lá está: cordas!
E vocês, conhecem mais superstições para além destas que eu mencionei?
domingo, janeiro 09, 2005
Novo Espectáculo do Teatro Atípico
Também se poderia chamar "A Ascenção da Queda de Rafael", como também "Em defesa de minha Tosta Mista", também pensámos chamar-lhe "Polifonias do Desejo", ou "Ano Novo Vida Nova", Mas aquele com que perdemos mais tempo a rir foi "Histórias do Parafuso da Porca e da Anilha"
Com interpretação de Nuno Preto, Paulo Calatré e Pedro Frias
Som e Luz de Francisco Telles
No Tertúlia Castelense, dias 27 e 28 de Janeiro por volta das 22 horas
Visitem www.tertuliacastelense.com para saberem mais informações!
Com interpretação de Nuno Preto, Paulo Calatré e Pedro Frias
Som e Luz de Francisco Telles
No Tertúlia Castelense, dias 27 e 28 de Janeiro por volta das 22 horas
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sábado, janeiro 08, 2005
2005...
Sempre que um ano novo começa, iniciámos com o mesmo discurso: "Mais um ano novo se inicia..." e vêm por aí abaixo os corriqueiros desejos de felicidades e saúde, etc... pois aqui deixo os meus votos a todos os imbecis que mancham a dignidade da cultura neste país, a todos os incongruentes que vendem a banha da cobra, aos que se aproveitam da ignorância das pessoas, aos que usurpam do altruísmo de muito boa gente: que se fodam todos, neste ano de 2005! Aos que lutam pelos seus sonhos sem passar a perna aos companheiros, aos que acreditam no que fazem, aos que se sentem incompreendidos, aos que defendem a cultura, aos que militam pelas suas crenças um feliz 2005 e que cumpram o que desejam!
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